Abbandono "Per il tuo libero pensiero sei imprigionato da tanto tempo. Così tanto che il mio lamento non riesce più a raggiungerti. E solo odi il vento. E solo odi il mare. "Ti portarono via: era già notte: le tenebre coprivano tutto. Fu durante la notte, una notte la più cupa di tutte. Fu durante la notte, una notte, e mai più venne il giorno. "Ahimè! Di quella notte il veleno continua a diffondersi nelle mie vene. Sento solo il silenzio che è rimasto al posto tuo. E almeno odi il vento! E almeno odi il mare! | Abandono "Por teu livre pensamento foram-te longe encerrar. Tão longe que o meu lamento não te consegue alcançar. E apenas ouves o vento. E apenas ouves o mar. "Levaram-te: era já noite: a treva tudo cobria. Foi de noite, numa noite de todas a mais sombria. Foi de noite, foi de noite, e nunca mais se fez dia. "Ai! Dessa noite o veneno Persiste em me envenenar. Oiço apenas o silêncio Que ficou em teu lugar. E ao menos ouves o vento! E ao menos ouves o mar!" Poema de David Mourão-Ferreira ("Abandono ou Fado Peniche") |
lunedì 17 gennaio 2011
Abandono
Ascolta la canzone cantata da Amália Rodrigues